Páginas

quarta-feira, 10 de março de 2010

Uma picadinha dói?

Quando eu era pequena, minha mãe me ludibriava com promessas de doces maravilhosos. Mas não era algo usual. Elas sempre coincidiam com uma campanha nacional de vacinação. Um doce por alguns vírus ou bactérias. Nada mais justo, não?

Bem, as gotinhas nunca me incomodaram, tanto que eu nem lembro do gosto que tinham. Mas aquelas que exigiam um bumbum carnudo ou um bracinho desnudo, essas sim me tiravam o sono.

Não sei de onde vem esse meu medo de vacina. Minha mãe nunca me apavorou com esse tipo de coisa. “Ah... se você não for boazinha, vou te levar pra tomar uma injeção”. Não. Nunca me falou esse tipo de coisa. Talvez, as promessas de doces e maravilhas despertavam um sinal de alerta. Afinal, já dizia o ditado popular: quando a esmola é demais, o santo desconfia.

Para mim, vacina sempre foi sinônimo de desconforto, ardência, dor, dor e dor. E quando o meu obstetra me informou que eu teria de tomar o reforço da antitetânica, pronto! A criança cagona que existe dentro de mim aflorou em menos de um segundo.

Eu enrolei mais de um mês para tomar essa injeção. E o fato só se concretizou porque pessoas queridas do trabalho me levaram (praticamente a força) até um posto de saúde.

Na hora eu fui machona. Não reclamei da ardência e até fiquei impressionada por não ter sentido quase nenhuma dor. “Que grande frescura”, pensei. Mas, passados dois dias, achei que meu braço fosse desatarraxar e cair. O pior: para quem só pode dormir de lado, perder o lado esquerdo é algo avassalador.

Hoje meu braço já está ótimo. Não sinto mais nada. E dia 22 de março, tenho que ir ao posto novamente para tomar a vacina contra a gripe suína. E em abril, tenho que tomar a segunda dose da antitetânica. Já estou sofrendo por antecipação!!


Ok, ok. Eu confesso. Sou medrosa mesmo, mas reconheço a importância do dolorido da vacina. E esse é um ensinamento que quero passar para minha filhota. Só preciso achar um jeito para que a Amelie não desconfie do doce depois que visitar o Zé gotinha.

Um comentário:

  1. ah, eu também tenho pavor de agulhas! PAVOR! Sou daquelas que fecha o olho para tomar injeção ou fazer exame de sangue. São poucos os que gostam e tem coragem pra ficar olhando. O pior é quando você precisa se fazer de forte ou segurar o filho pra vacinar. Aí, Zi, é de chorar...bjo
    Paloma e Isa

    ResponderExcluir