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sábado, 23 de julho de 2011

O meu não parto normal

Esse mês eu fiz uma matéria para a Crescer sobre parto eletivo. Não era uma coisa complicada, mas conforme fui apurando, fiquei tão mexida com as coisas que fui descobrindo que foi uma briga sem tamanho para que eu conseguisse escrevê-la. Para que vocês possam entender melhor, a ideia era falar sobre os perigos de agendar um parto, tanto para o bebê quanto para a mãe. 


Fato é que eu descobri que meu tão desejado parto normal poderia ter acontecido. Mas por ignorância minha, deixei que o médico fizesse essa decisão por mim. 


Ainda na minha primeira consulta, deixei claro para o meu obstetra que eu gostaria de ter um parto normal. Ele concordou prontamente e eu fiquei feliz por estar sendo acompanhada por alguém que respeitaria minha vontade. Mas as coisas não saíram como eu havia planejado.


Com 2o e poucas semanas descobri que estava com diabetes gestacional. Falei um pouco sobre os perigos da doença aqui. Com 31 semanas, ao fazer um ultrassom de rotina, fui informada que minha placenta tinha atingido o Grau III, ou seja, ela estava fraca, envelhecida e podia falhar na alimentação do meu bebê. Na hora do exame, o médico do laboratório fez questão de conversar com meu médico, que pediu que eu fosse imediatamente ao seu consultório. Ele me explicou que eu teria de fazer exames semanais para que a vitalidade da Amelie fosse monitorada e, esse fato somado à diabetes diminuiria substancialmente as possibilidades de um parto normal.


Nem sei explicar o tamanho da minha frustração e preocupação que me acompanhou durante as sete semanas subsequentes. Mas na época eu realmente fiquei agradecida por ter descoberto todas essas coisas que, teoricamente, colocavam a minha vida e a da Amelie em risco.


Nem uma dessas coisas  justificava uma cesárea marcada - minha diabetes estava controlada e, enquanto minha placenta estivesse funcionando, poderia esperar até que a pequena quisesse nascer. O médico ainda errou ao optar pela cirurgia na 37ª semana, tirando a Amelie do quentinho da minha barriga sem que ela estivesse pronta. Resultado? 1 semana na UTI neonatal, sem que eu pudesse sequer segurá-la ou amamentá-la nos primeiros 3 dias de vida.  Além disso, ela "ganhou" uma bronquite crônica - o que me deu alguns cabelos brancos, noites insones e me fez parar de trabalhar para que eu pudesse cuidar dela.


Tem um ditado que diz: "a ignorância é a mãe da felicidade". Muitas vezes concordei com esses dizeres, mas neste momento, discordo plenamente. Se eu tivesse falado com outros médicos sobre o assunto e perseguido minha vontade com mais afinco,  tenho certeza de  eu seria muito mais feliz.


Portanto, é importante procurar informação, ainda mais em um momento tão especial como este. Além disso tudo, é essencial procurar alguém que respeite verdadeiramente sua decisão. Assim, você não se sentirá tão enganada, chateada e melancólica como eu tenho me sentido nos últimos dias....





quarta-feira, 6 de julho de 2011

Coisas de Amelie: 13 meses

Passou um tempinho da comemoração dos 13 meses de vida, mas essa última semana foi mesmo corrida! A Amelie doente me deixou desnorteada como disse no último post e só agora eu consegui colocar a cabeça no lugar para pensar em alguma coisa além dos cuidados com ela. Graças a Deus minha pequena conseguiu responder bem aos antibióticos (coisa que não tinha acontecido da última vez) e ela está tinindo de tão esperta!

Bem, preciso confessar que não tenho sido uma mãe completamente em tempo integral. Estou com ela 97% do tempo, digamos. Isso porque meu espírito de jornalista não me deixou sossegar e estou fazendo uns frilas esporádicos. Inclusive, tem matéria minha na Crescer desse mês!

Bem, vamos às coisas de Amelie (que são muitas):

- Ainda não está andando. Acho que por pura insegurança, pois vem ensaiando os passinhos desde os 11 meses. Apoiada nos móveis (ou em qualquer coisa que ofereça segurança), vai longe! Não estou preocupada e nem quero apressar algo que é natural. Quando ela se sentir segura, ela soltará das coisas e vai correr por aí me deixando completamente maluca atrás dela.

- Falar alguma coisa, ela não fala. Só as palavras mais usuais como mamãe e papai são inteligíveis. De vez em quando ela solta frases inteirinhas como outro dia lançou “O sapo não lava o pé”. Nem preciso dizer que morri de rir!

- Dorme bem!!!! É só dar a hora do soninho que ela vira pro lado e capota. Raramente acorda durante a madrugada e tem adormecido no bercinho. Uma vitória!

- O segundo dente já está rasgando a gengiva, o que faz com que ela fique um tanto rabugenta, é verdade. 

- Imita tudo o que vê e às vezes surpreende a gente com algo novo. Outro dia ela estava fazendo cara como se estivesse fazendo muita força. Não sei onde ela viu isso, mas ela morria de rir quando fazia as caras e bocas (assim como eu e meu marido).

- É muito simpática. Na rua “fala” com todo mundo, faz charme, manda beijo. Uma coisa de louco. Isso me deixa um pouco preocupada, afinal, nem todo mundo é bacana e gosta de criança, não é? Mas eu não a desencorajo não. Melhor ela ser expansiva do que tímida (eu acho!!! rs)

- Ela já engordou quase 2 quilos no último mês, o que é realmente surpreendente na idade dela. Descobri que a Amelie não é uma criança muito fácil de alimentar. Ela recusa os alimentos, chora e é preciso muita calma e tempo para que ela se alimente. Não forço nada, só a distraio e ela acaba comendo bem ao final. Fico imaginando se no berçário era assim...

- Adora música, qualquer tipo. Está numa fase “Pintinho amarelinho” e Minha Princesa, tema da novela Cordel encantado. Sim, eu deixo ela assistir televisão comigo e só assistimos coisas bacanas (ela até faz “hummmm” durante os programas de culinária que tanto adoro!)

- Livros e revistas são uma atração a parte para ela. Ela tem alguns livrinhos brinquedos – de pelúcia e de banho – que adora e me chama para olharmos juntas. Mas o que ela curte mesmo é pegar meus livros da estante e  tentar arrancar todas as folhas folheá-los. Ainda não rasgou nenhum.
- Está com uma mania bem fofa de pegar qualquer paninho (meia, toca, fraldinha, babador) para limpar as coisas. Passa no chão, na cadeira... É muito engraçadinho.

Acho que é isso! Amanhã volto com um novo post!!!=)