Fazia mais de 5 horas da chegada da Amelie e nada dela vir para o quarto. Meus pais, avó, irmão foram festejar a chegada do mais novo membro da família enquanto eu estava presa à cama de hospital.
A sensação do pós-operatório é horrível. Na verdade, não sentir as pernas é algo realmente assustador.
Umas 16h, uma batida na porta. Era a pediatra.
Isis, a Amelie está com uma dificuldade de adaptação respiratória e nós optamos por transferí-la à UTI. Infelizmente, ela não virá para o quarto.Mas assim que puder levantar, poderá visitá-la.
Acho que demorou um pouco para que eu assimilasse essa informação. Eu só poderia sair da cama às 22h. Eu fiquei comendo o relógio do quarto com os olhos na esperança de que as horas passassem mais rápido. Além disso, a todo momento, tentava mexer as minhas pernas para estimular os músculos e descartar de vez os efeitos da anestesia.
Levantei às 22h. Tomei um banho de 10 minutos, no máximo. Me vesti, coloquei um sapatinho e fui até a UTI com o Dan. Nesse momento a dor da cirurgia não importava. Eu queria mesmo ver minha pequena pela segunda vez!
Ao entrar na UTI, lá estava ela, minha princesa, cheia de tubos e agulhinhas pelo corpo. Estava em um respirador, com uma sonda de alimentação e um acesso de medicamentos naquela mãozinha tão pequenina. E a única coisa que eu podia fazer era pegar na mãozinha dela. Não podia pegá-la no colo, não podia amamentá-la, não podia vestí-la com todas as roupinhas que eu havia trazido. Enfim, não podia fazer nada do que eu havia planejado e esperado tanto!
Voltei para o quarto meio zonza com aquele tanto de informação. Fui dormir rezando para que minha pequena fosse forte e começasse a respirar direito. Eu, que tanto falei do parto na água tive uma filha que não queria o ar. Nasceu querendo ser Ariel.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
terça-feira, 1 de junho de 2010
Ela nasceu!!!
Manhã de terça-feira. 12°C. Chuviscando. E eu tinha que estar no hospital às 6h30 da manhã.
Nem eu ou o Dan reclamamos do despertar antecipado, afinal, não tínhamos dormido quase nada. Embora eu estivesse VERDE de fome, tinha que manter jejum até a hora do parto (minha última refeição tinha sido às 20h30). Ansiosa, com fome e um pouquinho de medo, devo confessar.
Resolvemos fazer alguns vídeos relatando a ida ao hospital. A ideia é fazer uma edição bacanuda e guardar para que ela veja quando estiver mais velha. =D
Ao chegar ao hospital, tive que esperar quase 1 hora para que começasse a preparação. Não sei se cheguei a comentar, mas meu plano de saúde cobre somente enfermaria. Portanto, ficaria sozinha no quarto do hospital (sozinha não, com a minha bebê).
Eu até pensei em pagar a diferença para ficar no conforto de um quarto. Mas quando soube que teria que desembolsar R$ 4 mil para isso, mandei o conforto para as cucuias. Mas a sorte estava realmente ao nosso lado! No momento da internação, a enfermaria estava lotada. Ganhei um quarto! Nem acreditei.
Deitei em uma maca e a enfermeira veio colocar o acesso de medicamentos em uma veia da minha mão. Não sou fresca para essas coisas, mas essa picada doeu MUITO! Acho que eles fazem isso pra compensar a falta de dor em um parto cesária. Só pode.
Passado esse primeiro momento, nos mandaram para o quarto aguardar. Nem preciso dizer que nós estávamos uma pilha. Eu, com medo da anestesia. O Dan, super apreesivo e ainda inseguro com a ideia de assistir ao parto.
Assim que a enfermeira entrou no quarto, meu coração disparou. Vamos? Vamos. Naquele frio, eu estava com aquela camisolinha azul que deixa a bunda de fora e a caminhada pelos corredores pareceu eterna.
O Dan resolveu assitir ao parto, mas só poderia acompanhar a cirurgia de um ponto para frente. Ou seja, entrei na sala sozinha.
Deitei na mesa de cirurgia e as enfermeiras foram colocando eletrodos, acessórios e paramentando a sala. Eu continuava uma pilha, mas procurava ter pensamentos tranquilizadores e não surtar. Meu médico ficou comigo na sala, explicando todos os procedimentos e tentanto me distrair.
Assim que o anestesista chegou, me explicou como eu teria que me comportar e eu estava esperando uma dor alucinante! Mas, por incrivel que pareça, não senti absolutamente nada. Quando percebi, minhas pernas já estavam dormentes e a cirurgia tinha começado.
O Dan entrou na sala com os olhos arregalados e com a coluna dura feito um poste. Sentou em uma cadeira ao meu lado e segurando minha mão. Enquanto eu sentia umas sacudidas na barriga, fui conversando com ele, para distraí-lo e deixá-lo mais calmo.
Em 10 minutos o médico perguntou. Pai, quer ver nascer??
Ele levantou e a Amelie chegou ao mundo exatamente às 8h55! Nem preciso dizer que meus olhos se encheram de lágrimas e eu chorei copiosamente durante um tempo. Ela é tão cabeluda, Zi!, repetia o Dan, também emocionado.
A médica veio me mostrar a pequena e me explicou que ela estava muito cansada com o parto e que seria colocada em uma encubadora. Em 3 horas ela estaria em minhas mãos. Mal podia esperar!
Nem eu ou o Dan reclamamos do despertar antecipado, afinal, não tínhamos dormido quase nada. Embora eu estivesse VERDE de fome, tinha que manter jejum até a hora do parto (minha última refeição tinha sido às 20h30). Ansiosa, com fome e um pouquinho de medo, devo confessar.
Resolvemos fazer alguns vídeos relatando a ida ao hospital. A ideia é fazer uma edição bacanuda e guardar para que ela veja quando estiver mais velha. =D
Ao chegar ao hospital, tive que esperar quase 1 hora para que começasse a preparação. Não sei se cheguei a comentar, mas meu plano de saúde cobre somente enfermaria. Portanto, ficaria sozinha no quarto do hospital (sozinha não, com a minha bebê).
Eu até pensei em pagar a diferença para ficar no conforto de um quarto. Mas quando soube que teria que desembolsar R$ 4 mil para isso, mandei o conforto para as cucuias. Mas a sorte estava realmente ao nosso lado! No momento da internação, a enfermaria estava lotada. Ganhei um quarto! Nem acreditei.
Deitei em uma maca e a enfermeira veio colocar o acesso de medicamentos em uma veia da minha mão. Não sou fresca para essas coisas, mas essa picada doeu MUITO! Acho que eles fazem isso pra compensar a falta de dor em um parto cesária. Só pode.
Passado esse primeiro momento, nos mandaram para o quarto aguardar. Nem preciso dizer que nós estávamos uma pilha. Eu, com medo da anestesia. O Dan, super apreesivo e ainda inseguro com a ideia de assistir ao parto.
Assim que a enfermeira entrou no quarto, meu coração disparou. Vamos? Vamos. Naquele frio, eu estava com aquela camisolinha azul que deixa a bunda de fora e a caminhada pelos corredores pareceu eterna.
O Dan resolveu assitir ao parto, mas só poderia acompanhar a cirurgia de um ponto para frente. Ou seja, entrei na sala sozinha.
Deitei na mesa de cirurgia e as enfermeiras foram colocando eletrodos, acessórios e paramentando a sala. Eu continuava uma pilha, mas procurava ter pensamentos tranquilizadores e não surtar. Meu médico ficou comigo na sala, explicando todos os procedimentos e tentanto me distrair.
Assim que o anestesista chegou, me explicou como eu teria que me comportar e eu estava esperando uma dor alucinante! Mas, por incrivel que pareça, não senti absolutamente nada. Quando percebi, minhas pernas já estavam dormentes e a cirurgia tinha começado.
O Dan entrou na sala com os olhos arregalados e com a coluna dura feito um poste. Sentou em uma cadeira ao meu lado e segurando minha mão. Enquanto eu sentia umas sacudidas na barriga, fui conversando com ele, para distraí-lo e deixá-lo mais calmo.
Em 10 minutos o médico perguntou. Pai, quer ver nascer??
Ele levantou e a Amelie chegou ao mundo exatamente às 8h55! Nem preciso dizer que meus olhos se encheram de lágrimas e eu chorei copiosamente durante um tempo. Ela é tão cabeluda, Zi!, repetia o Dan, também emocionado.
A médica veio me mostrar a pequena e me explicou que ela estava muito cansada com o parto e que seria colocada em uma encubadora. Em 3 horas ela estaria em minhas mãos. Mal podia esperar!
Assinar:
Postagens (Atom)