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quinta-feira, 31 de março de 2011

Papai medroso

A Amelie começou a engatinhar faz uma semana, mas já percorre grandes distâncias em pouquíssimo tempo. Por conta disso, tivemos de fazer algumas modificações em casa e, a partir de agora, temos de manter a porta do banheiro sempre fechada se não quisermos encontrar uma bebê com a boca cheia de papel higiênico.



Tenho deixado ela correr livre e solta, com supervisão, claro. Mas isso dá muito mais trabalho, pois tenho que varrer e passar pano no chão toda hora, uma vez que a pequena é craque em encontrar e comer os mais diversos tipos de poeira e sujeirinhas. Ela já levanta sozinha, apoiando nos móveis que encontra e, quando cansa, senta sozinha também (santa fralda que amortece a queda e protege seu bumbum).


Mas, o papai não gosta muito da ideia de deixá-la solta. Morre de medo que ela escorregue e caia. Quando eu chego do trabalho (ele fica mais ou menos 1 hora com ela antes de eu chegar) ele está quase maluco. “Não consegui nem ir fazer um xixi”, é uma frase bem recorrente. Ele simplesmente não consegue deixá-la um minutinho sozinha. Se não é a tomada, é a mesa, as cadeiras, a mesinha. Para meu marido, tudo é eminentemente perigoso e


Ele tem lá sua razão. Mas é com os tropeços que a gente aprende a ficar em pé. E quero que minha pequena tenha as melhores e mais gostosas lembranças dessa fase!

terça-feira, 22 de março de 2011

Papinhas doces: Receitas e dicas de armazenamento

Acho que nunca falei isso por aqui, mas eu ADORO cozinhar. No começo, apanhei um pouco para fazer as papinhas salgadas da minha pequena, mas agora eu estou craque em combinar ingredientes e fazer coisas gostosinhas para ela.

Esses dias eu estava passeando em um dos meus sites de culinária preferidos, o Smitten Kitchen, e me deparei com umas receitas bárbaras de papinhas doces e dicas de armazenamento. Como sei que tem muita gente aí que não fala inglês ou não tem paciência para ficar traduzindo receitas, achei que seria ótimo colocar essas dicas por aqui!


Purê de manga e banana

 Ingredientes3 mangas grandes, maduras e bem doces (prefira aquelas sem muito fiapo, como as do tipo Keitt, Haden ou Palmer)
3 bananas bem maduras (as do tipo maçã e ouro costumam ser bem docinhas)
1 copo de água
1 colher de chá de suco de limão


1) Descasque e pique as mangas em pedaços pequenos.
2) Corte as bananas em fatias.
3) Misture as duas frutas em uma panela média com a água e coloque em fogo alto até ferver.
4) Abaixe o fogo e cozinhe por cerca de 15 minutos, até que as bananas se partam e as mangas possam ser facilmente esmagadas com um garfo.
5) Deixe esfriar um pouco e adicione o suco de limão.
6) Bata tudo no liquidificador, processador de alimentos ou aqueles mixers de mão.
7) Se você está fazendo este purê para bebezinhos ainda novinhos (que não tenham inserido alimentos mais sólidos na alimentação), passe a mistura por uma peneira para remover as fibras da manga e as sementinhas da banana.
8) Pronto! Seu bebê poderá saborear uma papinha doce deliciosa!

 
Dica de armazenamento



Em casa, como comprei muita papinha doce da Nestlé (eu ainda não tinha achado essa receita aí de cima), fiquei com uns 50 potinhos de vidro, que eu reutilizo para congelar papinhas salgadas que eu faço.


Uma das dicas que ela dá é para colocar no saquinho o sabor da papinha. Afinal, manga pode se parecer muuuuito com mandioquinha, né? rsAmanhã traduzo mais receitas, ok?




Porém, a autora do Smitten Kitchen tem uma sugestão que eu achei incrível! Despejar as papinhas em uma forma para gelos grande, cobri-la com papel filme até que o conteúdo congele. Depois, basta desenformá-lo e tranferir a papinha para aqueles saquinhos Ziploc, sabe? Isso é incrível para quem tem freezer pequeno, além de ajudar a descongelar pequenas porções por vez!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Sobre conselhos de mãe e trabalho

Já faz um tempo que eu quero escrever sobre isso, mas faltava disposição para filosofar sobre o assunto. Mas esse dia chegou. Na verdade, fui estimulada por um post no blog Peripécias de Cecília e Fofices de Clarice, onde a Paloma escreveu sobre sua corajosa decisão em deixar de trabalhar. (Clique aqui para ler!))


Eu pensei em jogar tudo para o alto diversas vezes nesses quase 10 meses em que a Amelie está conosco. Passei noites em claro chorando, pensando que não conseguiria dar conta de ser mãe e seguir com minha carreira de jornalista. Não sei se conseguiria colocar em palavras o quão desgastante é essa tripla jornada. Sim, porque além do trabalho fora, ao chegar em casa é preciso assumir o papel de mãe e dona de casa/esposa. Não posso ficar cansada, doente, indisposta. Eu simplesmente TENHO que fazer. (Aliás, li algo hoje no jornal O Globo muito pertinente. A Martha Medeiros escreveu sobre a vontade de chutar o pau da barraca. Mas o que fazer quando a gente é o pau da barraca?)


Toda vez que eu entro em pleno desespero eu penso na minha mãe. Ela teve três filhos seguidinhos e abriu mão de sua carreira profissional para se dedicar, exclusivamente, à maternidade e aos cuidados da casa. Claro que ela fez um trabalho incrível e nós somos o fruto desse trabalho (que só quem é mãe sabe o quanto é exaustivo). Entretanto, os filhos crescem, as situações mudam e hoje eu vejo que ela abdicou da própria vida por nós. Não tinha final de semana, folga ou viagem que a tirasse desse trabalho. Raras vezes vi minha mãe comprar algo pra ela, ir ao cabelereiro, pensar nela ao invés da família. Minha mãe não tinha um traço de egoísmo sequer.


Depois que nós crescemos, ela decidiu fazer algo por ela foi terminar a faculdade. Entrou em uma das universidades públicas mais conceituadas do país (estudando sozinha, em casa). Foi criticada por ter deixado as tarefas domésticas um pouco de lado para fazer, pela primeira vez em anos, algo para si. Essa demora em fazer algo por ela, no entanto, está custando caro. Depois de formada, não consegue emprego porque é uma pessoa mais velha e tem pouca ou nenhuma experiência de trabalho. E agora, ela precisa do trabalho para se sustentar. Como fica?


Por isso, eu me inclino a ouvir os conselhos da minha velha e amada mãe: nunca dependa dos outros para fazer suas coisas. Tenha sempre independência para, se preciso, sustentar sua filha sozinha.


O Dan (meu velho e amado marido) é uma pessoa espetacular. A gente se ama profundamente e ele me faz acreditar que essa história de almas gêmeas pode ser completamente plausível. Mas quem me garante o dia de amanhã? E, se por acaso, ele resolver ter um ano sabático e largar tudo nessa vida? Como é que eu fico? Como é que a Amelie fica?


Por isso eu acho que, por mais que eu sofra, eu não conseguiria largar meu emprego. E não que eu queira ser o pau da barraca sozinha e ficar me lamentando que só eu faço as coisas (embora de vez eu quando eu realmente faça isso). Eu acho que as responsabilidades devem ser partilhadas, sempre! Sejam elas financeiras ou relacionadas à criação do filho. Se as duas pessoas se comprometem a viver uma história juntos, que compartilhem o peso da barraca!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Sobre vínculo e desenvolvimento


Preciso dizer que estou absolutamente encantada com a capacidade de desenvolvimento de um bebê. Em cerca de duas semanas, a Amelie parece estar muito mais esperta e comunicativa, curiosa e exploradora. Tudo quer pegar e consegue segurar com dedinhos mesmo os objetos mais pequenos (o que é um alerta! Estou planejando uma mudança na minha sala durante o final de semana!rs)
Porém, acredito que ela esteja em uma de suas fases de crescimento, pois está muito grudada comigo. Quando chego em casa de noite, só quer ficar no colo e agarra minha blusa se tento colocá-la em seu cantinho da sala. Tem acordado de madrugada e luta contra o sono só para poder ficar no meu colo (o que resulta em uma mãe imensamente cansada e sonolenta no dia seguinte).
Mas tenho que confessar que eu gosto de curtir esse contato. O pouco tempo que temos juntas é insuficiente para matarmos a saudade! =)


Esse mês eu comprei, pela primeira vez, a revista Crescer, da Editora Globo. Gostei muito da revista e acho que a publicação traz matérias bastante interessantes que podem gerar uma gostosa discussão aqui no blog.
A primeira que eu gostaria de comentar é sobre uma nota que saiu na seção Primeiras palavras – Só para mães. A nota é: Como manter o vínculo com seu filho enquanto trabalha.
Achei a ideia muito bacana, mas as dicas são – em minha humilde opinião – bizarras. Por exemplo: Coloque uma foto sua na lancheira do seu filho ou faça uma gravação com uma história, cantando uma música ou mesmo mandando um recado para dizer que está com saudades.
Juro que eu nunca faria isso. Podem falar o que quiser, mas eu acho que esse tipo de atitude reforça algo muito estranho. Acho que é um comportamento de mãe insegura, que não tem certeza de que o filho a ama.  
Acho que a matéria poderia ter tido outro foco, confortando as mães, explicando que a memória olfativa e visual da criança é limitada, mas que a ligação que a criança tem com a mãe é única e que é muito difícil – senão impossível - quebrar esse vínculo em apenas algumas horas. Além disso, estimular as mulheres a ficar um pouco mais com seus bebês, separar um momento para brincar com eles – e não vale a hora de troca de fralda ou comida. Uma hora de brincadeira, onde os dois se divertem juntos. Aproveitar o momento do reencontro, dando um gostoso, apertado e demorado abraço no filhote. Acho que essas coisas sim são válidas para manter o vínculo.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Quarta-feira de cinzas. E a gente tá só o pó!

Finalmente, quarta-feira de cinzas. E, pela primeira vez em toda minha vida, não estava nem um pouco ansiosa pelo carnaval. Tínhamos planos de passar o feriado na praia, levar a Amelie para conhecer o mar. Mas uma imprevisibilidade um tanto quanto cruel resolveu cruzar a porta de casa.



Desde segunda-feira passada que a Amelie não estava bem. Ficou com um pouco de febre e um sapinho estourou na boca. Levei ao pediatra, que receitou uma pomada e acalmou meu coração.


Na quinta-feira, a pequena piorou. Começou a ter um febrão louco e a vomitar absolutamente tudo o que colocava no estômago. Na sexta-feira, tive que arrumar um outro pediatra (porque o da Amelie foi para um congresso e ficamos a ver navios). Ele olhou, constatou um pouco de irritação na garganta e uma leve otite. Os vômitos seriam por conta da tosse. “Mas nada para se preocupar, mãe”, ele disse.


Voltei para casa ainda preocupada com os vômitos e depois de um dia inteiro sem comer ou beber quase nada, decidimos levá-la ao hospital. Detalhe para o fato de que estamos sem plano de saúde e a levei a um pronto socorro público, no meio do feriado. Juro que se ela não estivesse tão mal eu teria esperado.


Até que a experiência não foi de todo ruim, a não ser pelo fato de terem furado a pequena diversas vezes. Ela estava desidratada e ficou no soro por mais de 2 horas. A médica suspeitou de infecção urinária, mas depois dos exames de urina e sangue, ficou constatada uma virose. Das brabas.


Antitérmico, dramin para conter os enjôos e soro caseiro. Essas foram as considerações da pediatra. Eu estava um caco, sem dormir desde quinta-feira. Domingo ainda foi muito ruim. A febre não cedia por nada e para conter a temperatura, banhos mornos a cada hora. Pelo menos ela estava aceitando a mamadeira sem colocar tudo para fora.


Acho que rezamos tanto que a Amelie melhorou. Segunda-feira acordou batendo palmas e arriscou um sorriso. Mas ainda estava com olheiras e um olhar cansado que só vendo. Não sei nem como descrever o que a gente passou nesses dias. Embora o cansaço estivesse gigantesco, eu não consegui pregar o olho, com medo que nossa pequena vomitasse enquanto tirava um cochilo. Com medo de que a temperatura corporal dela aumentasse muito. O medo foi nosso companheiro de carnaval.


Com a melhora repentina da Amelie, eu e o Dan decidimos fazer um bate-volta até a praia. E foi uma das melhores coisas que poderíamos ter feito. A Amelie passeou um pouco, a gente se distraiu um tantinho e tiramos toda essa nhaca que vêem nos rondando.


Mas de ontem pra hoje o Dan ficou muito ruim. Passou mal a noite toda, vomitou a vida e agora está deitado, descansando.


Como vocês podem ver, o carnaval não foi muito fácil aqui em casa.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Saudades

Já disse isso milhares de vezes, mas acho que eu não canso de repetir. Morro de saudades da minha pequena, penso nela o dia todo e gostaria muito de ter nascido em berço de ouro para não precisar trabalhar e parir mais uns 4 filhos. Sério.

Confesso que não curti muito minha gravidez e me arrependo muito por isso. Eu me senti completamente frágil e insegura durante a gravidez, sentia um pavor enorme do desconhecido e não tinha ideia de que a maternidade era assim, tão incrível.

O nascimento da Amelie trouxe uma alegria insubstituível para a minha vida. Além disso, fortaleceu ainda mais meu relacionamento com o Dan. Posso dizer que somos uma família imensamente feliz!

Mas eu preciso trabalhar para garantir o mínimo de conforto em casa. O Dan também trabalha o dia inteiro e a Amelie fica no berçário. As tias cuidam muito bem dela, tanto que ela se joga no colo delas assim que as vê. E eu não consigo deixar de ter uma pontinha de ciúmes, sabe? Queria poder acompanhar melhor o desenvolvimento dela, queria poder abraçá-la caso ela se sinta insegura ou caia de repente enquanto tenta desbravar esse mundão de meu Deus.

Ontem, quando cheguei em casa, a Amelie dormia profundamente em seu cafofo na sala. Não resisti e falei com ela. Um sorriso apareceu em sua boquinha e meu olho se encheu de lágrimas. Ela acordou, pediu colo e ficou um tempão abraçada comigo. E eu não queria largá-la por nada.

Pois é. É esse tipo de saudade que eu tenho dela. Todos as horas, minutos e segundos do meu dia.

terça-feira, 1 de março de 2011

Coisas de Amelie : 9 meses

Os cabelinhos estão grandes e desgrenhados, fazendo com que ela pareça um passarinho novo. Os olhos espertos não deixam que nada passe desapercebido e as mãozinhas querem pegar tudo o que está ao alcance. Minha bebê está fazendo 9 meses hoje e a cada dia que passa meu amor por ela cresce, se multiplica.

 
Ontem ela ficou malzinha. Está com sapinho (uma infecção na boca por fungos, olha que delícia!!). Não comeu quase nada, chorou muito e não dormiu bem. Tanto eu quanto o Danilo também ficamos com o coração na mão, sem saber direito o que fazer para confortá-la. Agora ela está lá no berçário, e eu aqui – com meu micro coração preocupado. rs




Nesse último mês, tivemos avanços enormes:


  •  Falou MAMÃE! (e agora o pai também é mamãe)
  •  Ela está quase quase engatinhando
  •  Adora ficar em pé, apoiada no sofá, na perna da mamãe ou nas costas do papai
  •  Aprendeu a sentar-se sozinha
  •  Canta junto comigo na hora de dormir
  •  Já dorme a noite inteira, sem acordar de madrugada (!!)
  •  Experimentou novas frutas em pedacinhos: fruta do conde, manga, pêra asiática, pitaia e kiwui.
  •  Já aprendeu a recusar o que não gosta
  •  Ainda não gosta de sucos, mas adora beber água
  •  Provou sua primeira bolacha maisena
  •  Largou o peito de vez =/
Em relação a este último item, eu até achei que demorou para que ela cuspisse meu peito de vez. Desde que nasceu, nunca foi muito fã de uma peitchola. Mamava só pra não passar fome e, por isso, foi difícil fazer com que ela ganhasse peso. Depois dos 7 meses, ela mamava de noite, na madrugada e pela manhã. Depois que ela parou com a famigerada mamada da madrugada, ela também se desinteressou pelo peito nos outros horários. Porém, de vez em quando, ela pede um peitinho só pra chupetar, pra encontrar conforto.

Eu pensava que eu acharia o máximo ter a liberdade de não precisar expor minhas tetas de quando em quando. Mas de verdade, bateu um vazio inexplicável. A impressão que eu tenho é de que este era nosso último vínculo físico.