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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Os problemas da escola atual

E daí que eu não estou contente com a escola que a Amelie está frequentando. É perto de casa, tem uma boa infraestrutura, os professores são qualificados, mas a direção é uma bosta. E quando a direção é ruim, não há qualidades suficientes que façam com que a escola fique boa.

Ano passado eu tive um problema sério com a escola (memória aqui). Após conversar muito com meu marido, achamos melhor manter a pequena no mesmo ambiente, já que erros acontecem e enfim, queríamos dar outra chance a eles.

O primeiro semestre transcorreu sem grandes ocorrências. A Amelie fez amigos, criou laços e as professoras demonstravam ser muito atenciosas. Mas uma coisa que pode parecer boba me chamou a atenção: as professoras estavam constantemente de licença médica. Se não era a professora do pedagógico, era a de educação física, ou de ballet, ou de inglês. Isso é um sinal claro de que os professores devem viver sob uma pressão infinita. Já fiquei mais atenta. E aí, meus caros, é que os problemas começaram realmente a pular na minha cara. Vamos a eles?


  • Estrutura física: Não importava o horário que eu fosse pegar a pequena: ela sempre estava trancada, com os amigos, em uma pequena sala. Ou então no cineminha. Nunca brincando, correndo ou se divertindo. E, minha gente, o horário dela é integral. E a impressão que eu tenho é que ela não é criança na escola;
  • Eventos: A escola organizou uma feira de livros para que os pais adquirissem os novos títulos para a Roda da Leitura do semestre. Todos os pais receberam informativo estimulando a compra dos títulos no evento. Lá fui eu, com toda boavontadedemãe e saí feliz da vida com dois livros lindos da mesma editora. Fiquei tão contente com eles que fui procurar outros títulos  para comprar na grande e mágica internê. E aí, meus caros, quase caí de costas ao perceber que eu paguei o DOBRO pelos livros. O DOBRO. Escrevi para a escola para falar sobre isso e a resposta da coordenadora não poderia ser mais desagradável: Ela foi imensamente grossa, disse que a escola não levava nenhum lucro, que a feira era feita para estimular a leitura e zaz. Fiquei tão passada, que escrevi um e-mail ENOOOORME e desaforado dizendo que meu dinheiro não nascia em árvore e que esse tipo de coisa só desmotivava a leitura. Ok ter um lucro, mas o dobro não dá, né minha gente?
  • A gota d'água: Um dia fui buscar a Amelie. Ela chegou, alegre, o pessoal me entregou ela normalmente e fomos para casa. Quando eu tirei a franja da testa dela na hora do banho, a surpresa: Um calombo roxo, enorme gelou minha alma completamente. Corri para ver a agenda e o pequeno recado dizia: mãe, a amelie caiu hoje na descida para o lanche e bateu a cabeça. Passamos pomada. Oi? OI? Minha filha bateu a cabeça (não foi uma raladinha no joelho) e ninguém me ligou? Ninguém falou nada? E se ela tivesse passado mal durante a noite? E se tivesse sido uma coisa mais séria? Eu fiquei tão fora de mim, que cada hora que eu olhava pro galo fazendo cocoricó na cabeça dela (e o roxo que ficou ali mais de uma semana) eu tinha vontade de quebrar a escola inteira.
Mas gente, ainda teve mais. Ontem, a Amelie chegou falando que ia ter um passeio. Até aí ok, veio um informativo na agenda. E aí ela começou:

Mamãe, a gente vai pra uma fazendinha. Vai ter vaquinha, porquinho, passarinho. Vai ser muito legal! Você só precisa mandar um cheque. Pera aí, um não. Pode ser dois cheques para a prô. Aí eu ganho meu ingresso. Cade os cheques, mãe?

OI³? Será que é o bode que se amarrou no meu tornozelo e tá criando barba e chifre ou esse tipo de informação é totalmente desnecessária de ser passada a uma criança?
Dessa vez, fui na escola e reclamei com a secretária (porque a coordenadora não estava). E vocês acham que alguém entrou em contato comigo? Não, minha gente. Nenhum bilhetinho. Nada. Zero. Só recebi mesmo uma cobrança de mais R$140 para inscrição na apresentação de dança pro final do ano. Além dos R$85 pilas do passeio, que podem ser divididos em dois cheques. Cadê o cheque, mamãe????

E essa é minha história. Essa é minha vida. Só não tiro ela AGORA da escola por causa dos amigos, de quem ela fala com tanto carinho. Fala deles até dormindo. 

E a temporada por uma nova escola está aberta. E olha, vou contar uma coisa para vocês: está difícil. 



Um comentário:

  1. Tamu junto! rs
    Cara, como é bom ler algo e entender o que a pessoa fala. Melhor, ler e ver que alguém tem o mesmo sentimento que o seu. Na escolinha do Ben ainda não aconteceu algumas coisas como as que vc relatou, mas já aconteceu a do livro (e ontem mesmo comentei com o marido esse episódio, pq tá chegando final de ano e já falei pra ele que vamos pegar o nome do livro de atividade e comprar por fora) e de pegar ele na escola ao final do dia e ele me falar (pq agora ele fala!) que estava assistindo DVD. A escola é ótima, a estrutura muito bacana, mas a diretora (a dona) é super desagradável, odeia ser questionada e age como se estivesse fazendo um favor para nós pais, e sempre quer ter razão. Aí que me perguntam pq ele continua lá e muitas vezes eu me peguei fazendo essa pergunta. Pq ele já conhece os amiguinhos, já conhece as tias, o ambiente. Sempre entra e sai feliz. E pra completar não tem outra escola de nível melhor na região....não são poucos esses motivos. Eles pesam demais. Eu aprendi engolir sapos e fazer política. Mas quando tenho que dizer algo, digo. Gosto que ela saiba que não está lidando com qualquer zé mané. Sinto tb que ela aprendeu a me respeitar, até mais pelo fato de ser jornalista e estar envolvida com o tema materno. Mas odeio ver aquele bando de mamãe babando ovo pra ela em reuniões. Aff....Mas tb fico pensando que nunca vamos encontrar uma escola 100%. Boa sorte em sua busca! Vai dar tudo certo. beijo

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