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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Cão raivoso



Já faz quase 1 mês que voltei a trabalhar e nesse meio tempo descobri como é árdua a tarefa de conciliar a vida de mãe, dona de casa e profissional. Eu até procurei duendes que topassem um regime escravo, mas não achei. O trabalho doméstico ainda continua por fazer e eu tenho ficado cada dia mais cansada.

Um dos pontos positivos da minha volta ao trabalho é o trabalho em si. AMO trabalhar, AMO estar com a cabeça a mil, entrevistar pessoas, escrever. Mas eu tenho pensado seriamente se esse amor à profissão compensa (sim, porque o salário não é lá essas coisas). 

Ficar o dia todo sem ver minha pequena é realmente um sacrifício. Claro que eu não quero que ela fique grudada em mim para sempre. Mas ela é ainda tão pequena para ficar longe por tanto tempo...

Assim como eu, ela também sente nossa separação e isso fica claro quando eu chego em casa. A primeira coisa que ela quer é mamar no peito. E depois, quer brincar, fica conversando e não quer sair do meu colo. Parte meu coração ver essa carência dela.

O Dan até ajuda nas tarefas de casa, mas a verdade é que o pesado acaba ficando pra mim. Além disso, tenho um defeito muito grave: Sou perfeccionista. E quando sei que a pessoa não vai fazer as coisas do jeito que eu faço, prefiro nem designar a tarefa.   E isso é um problema quando se tem pouquíssimo tempo e muita coisa pra fazer.

O resultado disso tudo é que eu ando num estado horroroso de estresse. Não consigo controlar meus ataques nervosos e tenho medo de morder a galera que chega muito perto de mim. Devia comprar um colar com os dizeres: Cuidado, cão raivoso.


                                                                                                                                                                                                               

2 comentários:

  1. Amiga, sei como vc está se sentindo. Se quiser xingar algupem pode me ligar.
    Amo vc...
    Beijos,
    Tati

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  2. que péssimo. não consigo nem imaginar como é essa tripla jornada. mas "força na peruca" que tudo vai dar certo!
    beijo,
    Déia

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