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sábado, 26 de novembro de 2011

Grupo de apoio

Bom, como disse no post anterior, estou lendo o livro da Laura Gutman. E sério, a cada capítulo morro de chorar. Não por tristeza, mas pelo simples fato de que ela me faz refletir sobre muitas coisas que eu deixei escondido no âmago do meu ser durante todo esse tempo do pós-parto.


Para aqueles que não sabem, sou jornalista e me considero uma pessoa culta e bem informada. Mas agora eu percebo que fui bastante ingênua e acabei ficando conformada com o que me era apresentado, principalmente durante a gravidez. O resultado disso é que não me preparei para o turbilhão que se seguiria no pós-parto.


Eu engravidei em um momento muito complicado da vida. Diversas coisas estavam acontecendo na minha família e eu me sentia muito insegura. Não era casada, embora tivesse um relacionamento sério há 6 anos. A Amelie veio abençoar e trazer vida para todos aqueles que viviam próximos à gente. E é aí que começaram as contradições.


Nos primeiros 2 meses, não senti diferenças na minha vida. Eu tinha de acordar na madrugada, trocar fraldas e a maior novidade para mim era ter de cuidar de uma nova casa. Porém, com o passar dos dias, crescia uma angústia, uma tristeza e cheguei a passar dias inteiros chorando e soluçando pelos cantos. 


O que eu sentia era que uma parte de mim havia morrido definitivamente. Me achava um pouco inútil, parecia que minha inteligencia havia se esvaído. Onde foi parar a Isis que estava aqui?


Bem, nossa querida Laura explica. Ela diz que após o nascimento, a mãe se fusiona completamente ao bebê e sua identidade é praticamente devastada com esse novo relacionamento.


E é aí que mora toda a tristeza. Bem, é claro que eu estava muito feliz pela chegada da Amelie. Mas esse post é para dizer a todos que as mães podem ficar MUITO  tristes. E às vezes elas choram sem nem saber direito o motivo, como era meu caso. 


Laura aconselha que, para poder superar esse momento, as mães precisam criar uma rede de apoio, onde podem conversar, de maneira franca, com outras mulheres que estejam vivendo ou já viveram a mesma situação. A ideia de trocar figurinhas ou simplesmente ter pessoas que nos apoiem me fez muita falta. 


Na internet já existem alguns sites muito bacanas que promovem esse tipo de troca: São o Minha mãe que disse e o Mamatraca . Mas ainda sinto falta de algo mais acolhedor e, por isso, chego com uma proposta. Que tal montarmos um grupo de e-mails onde podemos trocar as mais diversas mensagens sobre maternidade?


Quem quiser participar, me manda um email. isis.coelho@gmail.com



2 comentários:

  1. Eu quero: pauladonadioneves@gmail.com, sabe zi eu não passei tristeza, mas tinha uma sensação muito estranha de que algumas pessoas estavam querendo tomar meu lugar como mãe. Geralmente, com a chegada do baby, muitos querem opinar, mas no meu caso, era mais do que isso, tinha gente querendo decidir por mim e decidir coisas do futuro dela...coisa loca né? Enfim, isso acarretou em mim uma sensação muito estranha, como se eu eu tivesse q me impor, mostrar meu lugar, sei lá... na época era muito forte, sensação ruim, angustiante. A autora fala sobre isso??? beijooo

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  2. tatiana.fanti@gmail.com
    Pode me mandar email já! hahahaha
    bjss

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