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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Coisas de Amelie: 1 ano e 6 meses

E ela chegou aos 1 ano e meio de idade da maneira mais saudável possível - e eu não poderia ficar mais feliz!


Parece que há umas 2 semanas o cérebro dela percebeu que consegue correlacionar sons e passou a falar várias palavrinhas. São elas:


vovó e vovô: para orgulho de nossos pais.


minie: Sim, aquela ratinha simpática da Disney. E ela reconhece o desenho em muros, shampoos e desenhos na Tv.


Papai: Agora ela fala bem direitinho, todas as sílabas e entonações.


Quente: Eu sempre me preocupei com ela perto do forno e essa foi uma das primeiras palavras que a pequena falou.


oi: ela já chega aos lugares e cumprimenta as pessoas. Praticamente uma miss simpatia.


Tete: É a mamadeira. Normalmente, o pedido pelo leitinho é seguido por movimentos repetitivos com a mão - gesto que imita a mãe (vulgo eu) quando está misturando a fórmula do leite à água. Fofo, fofo, fofo.


E nada de mamãe. Sério, ela me chama de tudo quanto é coisa. Ou me chama quando está longe. Enfim, eu sei que ela me ama e não vive sem mim (ou eu que não vivo sem ela...rs)


Ela está mais alta e alcança lugares perigosos como as bocas do fogão, a pia do banheiro e o móvel da cozinha. Já sabe onde ficam os biscoitos e sabe abrir os potes ou saquinhos fechados com pregador. 


Adora subir escadas, procurar por aviões no céu ou olhar as pombas pelas calçadas de sampa. Uma cosmopolita, essa minha filha!


E eu quase morro de orgulho toda vez que ela faz algo diferente! 



sábado, 26 de novembro de 2011

Grupo de apoio

Bom, como disse no post anterior, estou lendo o livro da Laura Gutman. E sério, a cada capítulo morro de chorar. Não por tristeza, mas pelo simples fato de que ela me faz refletir sobre muitas coisas que eu deixei escondido no âmago do meu ser durante todo esse tempo do pós-parto.


Para aqueles que não sabem, sou jornalista e me considero uma pessoa culta e bem informada. Mas agora eu percebo que fui bastante ingênua e acabei ficando conformada com o que me era apresentado, principalmente durante a gravidez. O resultado disso é que não me preparei para o turbilhão que se seguiria no pós-parto.


Eu engravidei em um momento muito complicado da vida. Diversas coisas estavam acontecendo na minha família e eu me sentia muito insegura. Não era casada, embora tivesse um relacionamento sério há 6 anos. A Amelie veio abençoar e trazer vida para todos aqueles que viviam próximos à gente. E é aí que começaram as contradições.


Nos primeiros 2 meses, não senti diferenças na minha vida. Eu tinha de acordar na madrugada, trocar fraldas e a maior novidade para mim era ter de cuidar de uma nova casa. Porém, com o passar dos dias, crescia uma angústia, uma tristeza e cheguei a passar dias inteiros chorando e soluçando pelos cantos. 


O que eu sentia era que uma parte de mim havia morrido definitivamente. Me achava um pouco inútil, parecia que minha inteligencia havia se esvaído. Onde foi parar a Isis que estava aqui?


Bem, nossa querida Laura explica. Ela diz que após o nascimento, a mãe se fusiona completamente ao bebê e sua identidade é praticamente devastada com esse novo relacionamento.


E é aí que mora toda a tristeza. Bem, é claro que eu estava muito feliz pela chegada da Amelie. Mas esse post é para dizer a todos que as mães podem ficar MUITO  tristes. E às vezes elas choram sem nem saber direito o motivo, como era meu caso. 


Laura aconselha que, para poder superar esse momento, as mães precisam criar uma rede de apoio, onde podem conversar, de maneira franca, com outras mulheres que estejam vivendo ou já viveram a mesma situação. A ideia de trocar figurinhas ou simplesmente ter pessoas que nos apoiem me fez muita falta. 


Na internet já existem alguns sites muito bacanas que promovem esse tipo de troca: São o Minha mãe que disse e o Mamatraca . Mas ainda sinto falta de algo mais acolhedor e, por isso, chego com uma proposta. Que tal montarmos um grupo de e-mails onde podemos trocar as mais diversas mensagens sobre maternidade?


Quem quiser participar, me manda um email. isis.coelho@gmail.com



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Alô alô, planeta terra chamando!


Ok, faz tipo um século que eu não atualizo o blog. Mas toda vez que a Amelie tem uma crise de bronquite minha vida sai do ar. Ela fica mais manhosa do que o de costume e não me deixa sentar mais do que cinco minutos a frente do computador.

Essas mudanças de tempo malucas castigaram a pequena nas últimas semanas. Febrão, tosse, remédios e muito chororô se intercalaram com inalações um tanto escandalosas. Mas agora está tudo bem  e minha petit Amelie já está aprontando saudavelmente por aí! Anda tão esperta que esses dias brinquei no Facebook dizendo que o próximo furacão  F5 deveria ser nomeado Amelie. Mas acho que essa peraltice é genética: eu era terrível!

E como o post das Coisas de Amelie 1 ano e 5 meses não foi colocado a tempo, seguem as evoluções:

A pequena melhorou no quesito dormir. Eu estipulei uma rotina bem engessada. Primeiro a gente coloca o pijama, depois ela toma a última mamadeira do dia, escova os dentes e caímos para dentro do quarto dela. Por enquanto ainda não consegui colocá-la no berço e sair, mas aos poucos vamos evoluindo.

O negócio do desfralde foi um alarme falso. Fez cocô no vaso sanitário duas vezes e depois não quis mais. Eu não vou forçar a barra, até por que ela precisa ter um mínimo de maturidade emocional para ter segurança suficiente para largar as fraldas. Logo logo acontece!

Ainda me dá problemas para comer. Mesmo que eu nunca tenha deixado de cozinhar e oferecer legumes e verduras, ela simplesmente se recusa a engolir algumas coisas. Cospe, faz careta... E eu ofereço toda vez! Ela come milho, ervilha e, se ela estiver com muito bom humor, brócolis. Cospe veementemente tomate, cenoura, alface, batata, inhame, mandioca, couve, chuchu... AMA de paixão uva passa e bolacha salgada!

Está cada dia mais agarrada comigo – literalmente. Agarra na minha perna e não me deixa fazer nada. Tem dias que fico para enlouquecer, querendo ficar absolutamente sozinha.
O vocabulário dela ainda continua bastante reduzido. Ela tem dificuldade de juntar sílabas diferentes. A única palavra que ela fala e dá pra entender é tente (quente). O resto é um amontoado de barulhos que só são compreensíveis com as mímicas que ela faz.

Agora eu to lendo o livro “ A maternidade e o encontro com a própria sombra”, da Laura Gutman e estou cheia de coisas para escrever. Mas primeiro tenho que tentar organizar as zilhões de ideias que correm pela minha cabeça para que os textos fiquem compreensíveis ! 

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O que é perder uma escova na vida de uma mãe

E daí que eu to deixando meu cabelo crescer. Minhas madeixas são indecisas. Não sabem se são lisas, enroladas ou - na atual realidade de não hidratação contínua - se são duras mesmo.


Meu cabeleireiro é ótimo e sempre me deixa com um ar de glamour incrível. No último corte, pedi uma franja para dar um ar jovial a uma mãe que tava começando a se sentir meio caquética (descobri um cílios branco, minha gente. Defeito genético, certeza!). E então ele me alertou: "Ela vai enrolar, é melhor fazer uma progressiva para não dar trabalho!"


"Ah, imagina! Comprei um super secador e vai ser rapidinho arrumá-la". Mas eu não posso pegar chuva, a Amelie não pode nem sonhar em jogar leite no meu cabelo ou passar a mão de laranja na franja da mamãe. Se isso acontecer, eu viro um poodle ou uma atriz de um filme barato que estreou em meados dos anos 80. 


Pois bem. Belo dia acordei, aproveitei o sono prolongado da pequena e tomei um banho caprichado. Lavei o cabelo e, saindo do chuveiro já preparei o secador. "Mas cadê a escova??"


Foi um Deus nos acuda. Procura nos armários do banheiro, embaixo da cama, no berço e no armário da Amelie. Procura atrás do rack, embaixo da mesa, na gaveta de calcinha, na geladeira (vai que...), no forno, dentro de panela e nada. 
"Joguei no lixo. Alguém me compra uma coleira?"


Fiquei num mau humor de chutar bunda de filhote de cachorro. "Era minha escova pow. Companheira de muitos e muitos anos".


A noite eu chorei. Não tinha ideia se eu saberia o que era ficar bonita novamente. Minha vida estaria fadada a olhares jocosos na rua. "Olha a franja dela que coisa horrorosa", uma amiga vai comentar com a outra.
"Mas combina com aquela mancha de chocolate da blusa", a outra retruca. As duas escondem o sorrisinho e o pensamento perverso do momento: que mãe mais largada, credo!


No dia seguinte, tomei coragem e desembolsei uma pequena fortuna por não uma, não duas, mas três escovas profissionais. Há!


Voltamos agora com nossa programação normal. 





segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Começamos o desfralde

Mamãe descabelada, mas feliz da vida!!

Toda mãe tem orgulho do cocô do filho e, às vezes, fala dele como se fosse o mais bonito dos troféus.
Como não podia deixar de ser, hoje é a minha vez.

Hoje tivemos um progresso imenso neste quesito: a Amelie fez seu cocozinho na privada pela primeira vez! 

Há quase um mês ela começou a ficar incomodada com a fralda neste momento e passou a me avisar quando tinha terminado. Comecei a ficar atenta, pois sei que esse é um dos sinais que indicam uma certa maturidade para largar as fraldas.

Hoje de manhã, quando fui trocá-la, ela me avisou que queria fazer cocô. Aí perguntei se ela queria ir no banheiro e ela respondeu que sim.

Coloquei ela na privada e, gente, ela fez tudinho como se aquilo já fizesse parte da rotina dela. Depois que ela terminou, deu tchau para sua criação, vestimos a fralda e ela ficou toda contente. E eu também!!!!!

Desfralde, aí vamos nós!!!!!!!!!!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Contando mil carneirinhos

Ontem a Amelie pegou no sono eram exatamente 0h13. Eu e o pai estávamos exaustos e ela dava pulinhos e gritinhos na cama, querendo brincar. E não foi a primeira vez que isso aconteceu. Vira e mexe ela quer passar horas e horas acordada. 


Não é por falta de rotina. Desde que ela nasceu procuro manter uma certa regularidade nos afazeres. Mas parece que com o passar do tempo ela está ficando cada vez mais agitada, especialmente durante a noite.


Para gastar toda essa energia, eu procuro levá-la ao parquinho do condomínio ou então planejo longos passeios que envolvem, inclusive, pegar ônibus e metrô.


Mas ontem fiquei agoniada. Não sei o que estou fazendo de errado... Por isso resolvi escrever e perguntar prazamiga de plantão: o que fazer quando o bebê não quer pegar no sono??


Ajudem essa mãe aqui, please!!!! rs

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Os primeiros amigos

A Amelie é  uma criança bastante sociável. Basta ver que alguém está olhando para ela que as gracinhas começam a surgir. Um sorriso, uma piscadinha e muitos beijos são algumas das coisas que ela faz normalmente, por livre e espontânea vontade.


Mas como ela fica muito sozinha (moramos em apartamento e tive de tirar ela da escolinha por enquanto, lembram?), tinha medo de que pudesse desenvolver alguns hábitos bastante egoístas.


Mas foi ótimo ver que ela é bastante sossegada com quase tudo. Há algumas semanas recebi minhas amigas aqui em casa. Duas delas têm bebês com idades bem próximas a da Amelie e eles se divertiram muito.


Juju, Amelie e Rafa
Juntei todos os brinquedos da pequena e ela conseguiu compartilhá-los numa boa. Só sentiu ciúmes de duas coisas: seu cafofo (um puff que eu coloco edredom e seu travesseiro para que ela descanse na sala) e o Dino , que ela ama de paixão. 


Só sossegou quando viu que os amigos estavam tão cansados quanto ela e também precisavam de um banho e uma soneca. Foi ótimo! Além de rever minhas amigas queridas, nossas crias formavam uma nova pequena turminha!




terça-feira, 4 de outubro de 2011

Coisas de Amelie: 1 ano e 4 meses


Cada dia que passa fica mais claro que eu já não tenho mais um bebê em casa. A pequena Amelie dá sinais de que a independência é o novo pretinho básico e corta o meu barato de mãe coruja muitas e muitas vezes por dia.

Ela já escolhe o que quer vestir, principalmente os calçados. Tem seu tênis preferido e gosta de ficar com eles mesmo estando em casa. Outro dia cismou que queria sair de mini havaianas (que são charmosas ao cubo!!!) e  mostrava seus chinelos lilás para qualquer pessoa que mexesse com ela.
Tá me dando o maior trabalho para comer. Eu não deixei de cozinhar legumes, oferecer verduras. Mas quando eu chego com o pratinho faz cara feia e, muitas vezes, cospe o que estou oferecendo. Aliás, aceito sugestões de como lidar com isso!!

Perdeu uma das duas sonecas diárias. Até duas semanas atrás eram dois deliciosos cochilos: um depois do almoço e outro ao cair da tarde. Agora – se muito – ela tira uma pestana no meio da manhã.

Temos ido ao parquinho todos os dias. Ela tenta fazer amizade com as crianças mais velhas – que nem sempre são simpáticas e educadas. Já levou uns dois safanões e está aprendendo que nem todo mundo é super legal. Outro dia arrumou uma amiguinha 1 ano e meio mais velha. Andaram de mãos dadas, recolheram folhas secas e curtiram uma gangorra juntas. O máximo!

Definitivamente, descobriu como me manipular. Direitinho! Chora, faz charme e ás vezes faz uma birra que me tira do sério! Como pode uma criança que mal completou um ano ter um gênio tão difícil, meu Deus?

Em compensação, ela é muito carinhosa. Faz carinhos e “conversa” um bocado. As novas palavras são: Boa noite (que soa mais ou menos como “boite”), verde (vedi) e, de vez em quando, repete uma ou outra palavra esdrúxula que ouve por aí. Mas entende absolutamente tudo o que a gente fala pra ela. Hoje, conseguiu apontar em uma folha cheia de ilustrações, os bonequinhos que usavam óculos – sem que a gente apontasse para eles antes. (o pai usa óculos!)

E não canso de dizer o quanto seu desenvolvimento me impressiona, me agrada e me orgulha!!!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Tenho saudade de quê?



Nesse último mês surgiram dois sites muito bacanas que servem de ponto de encontro para que todas as mães (blogueiras ou não) possam trocar experiências, opiniões e desabafos. São o  Mamatraca e o Minha Mãe Que Disse. Se você não conhece, corre lá! =)

Enfim, semana passada, o Mamatraca propôs duas discussões que mexeram um pouco comigo:  Você tem saudade do quê? e Amizades pós maternidade. Pronto, me puseram para pensar em diversos pequenos pontos que estavam escondidos.

Eu tenho saudade de muitas coisas. Tenho saudades de passar a tarde costurando ou lendo um bom livro. Tenho saudades de ter as unhas feitas toda semana. Saudade de poder dormir até quando der na telha ou sair sem ter de montar um complexo sistema de logística. Tenho saudade das minhas roupas brancas completamente imaculadas, sem que manchas de manga, laranja ou banana tenham se instalado nos tecidos segundos antes de um passeio.

Tenho saudade de passar a tarde de sábado no boteco, bebendo cerveja e comendo porcaria até explodir. Saudades de passar noites inteiras dançando loucamente ao som da sanfona, triângulo e zabumba.

E, por fim, tenho saudades das minhas amigas. Depois que a gente é mãe, tudo muda. O tempo fica realmente escasso, as prioridades são outras e a ideia de sair precisa ser analisada com, no mínimo, 24 horas de antecedência. E mesmo que esteja tudo certo, uma febre repentina, vômitos ou diarréias infantis sempre são fatores que podem mudar completamente os planos em questão de segundos.

Tenho muitas amigas que têm filhos e isso deixa as coisas duplamente complexas, pois todos esses fatores são multiplicados por dois: para mim e para elas. Mas a gente entende melhor o lado uma da outra e ponto.

Mas a relação com as solteiras, ainda livres e soltas pela vida é ainda mais complexa. Eu não posso mais sair para jantar às 22h. Aliás, sair a noite é algo raro e que gente costuma evitar, pois a Amelie fica especialmente irritada se o sono chega e ela não tem o bercinho dela para descansar a carcaça.

Também não é para qualquer lugar que podemos ir.  Tem que ser aquele ambiente familiar, acolhedor – mesmo que seja um boteco qualquer. O resultado disso tudo é que os convites para eventos sociais acabaram diminuindo muito. Claro! Quem é que vai chamar uma pessoa que quase nunca comparece aos programas? Ou que quando vai, sai mais cedo parecendo que não curtiu muito o passeio?

Quase sempre há a possibilidade de deixar a pequena com minha mãe ou sogra.  Mas gente gosta de tê-la por perto, quando ela participa das coisas!

Não me arrependo das escolhas que fiz e nem troco a minha rotina por nada nesse mundo. Mas nem por isso eu deixo de sentir saudades das pessoas que quero MUITO bem. Afinal,  amigos são a família que a gente escolhe ter por perto!

sábado, 17 de setembro de 2011

Dieta na gravidez


Esses dias, muita gente entrou aqui no blog a procura de informações sobre alimentação para gestantes com diabetes gestacional e a única coisa que eu posso relatar é a experiência que tive com a dieta que a minha médica me passou. 

Antes de qualquer coisa, acho essencial que a gestante procure um endocrinologista assim que a diabetes for diagnosticada. É este profissional quem vai decidir o que é melhor para você e para o bebê. No meu caso, só a dieta foi suficiente, mas existem situações em que a gestante precisa também tomar remédio para controlar os níveis de glicose no sangue.

Eu estava bem acima do peso quando engravidei e na 25ª semana (quando eu descobri a diabetes) já havia engordado mais sete quilos. Por isso, eu sempre ouvia: "Nossa!!! Mas tem certeza que esse bebê não vai nascer amanhã? Sua barriga já está enooooorme!" Não bem bem, eu to gorda mesmo e tudo o que você falou é especialmente desagradável. 

Fora o peso a mais, me sentia extremamente cansada, estafada, irritada. Realmente achava que não seria capaz de conseguir trabalhar até o final da gestação. Enfim, minha  endrócrino (a querida Dra. Alina Coutinho, de Salvador) me passou uma dieta rica em cálcio e pobre em gorduras e carboidrato. O que isso significa? Nada de doce, pão branco, arroz ou macarrão. Nada de azeite na salada ou óleo na preparação da comida. Nada de sal. Queijo? Só o cottage. Sobremesa, uma vez por semana: duas bolas pequenas ou um picolé Molico. E só. (Como vocês podem perceber, minhas refeições eram uma explosão de sabor!!!)


As primeiras semanas foram MUITO difíceis, ainda mais que eu trabalhava ao lado de uma fábrica de chocolates. A vontade que eu tinha era de comer uma mesa.  E eu nem podia trapacear, porque eu controlava os níveis da diabetes com o glicosímetro. Como funcionava: duas horas depois de cada refeição eu tinha de furar meu dedo para saber se meu pâncreas estava dando conta do que eu havia comido. 


Algumas coisas jogavam a minha glicemia nas alturas, como melancia. Milho então, só de olhar já deixava todos os açúcares do meu corpinho alvoroçados.

Porém, depois de duas semanas da dieta eu comecei a me sentir muuuuuuito melhor, mais disposta, mais bem humorada. E comecei a emagrecer. Da 25ª à 37ª semana, eu perdi seis quilos - de maneira completamente saudável!

Minha diabetes não regrediu completamente após o parto e agora eu sou pré-diabetica. Não continuei com a dieta tão rigorosa, mas procuro maneirar nos doces, pois quando isso acontece, fico cansada, com dor de cabeça. Enfim, meu corpo me avisa que tem algo errado. 

A única coisa que posso dizer é: tenha força de vontade e saiba que fazer o tratamento de maneira adequada pode salvar você e seu bebê de problemas sérios durante o parto e no futuro.

E viva o arroz integral, barrinha de cereal light e queijo cottage!!!! hahahahahahaha

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Tô me sentindo


Na quarta-feira, 7 de setembro, fomos a penumo pediatra para a consulta de rotina da Amelie. E eu saí do consultório flutuando! Explico o porquê:

Quando a Amelie ficou doente, nós freqüentávamos um homeopata – o mesmo que cuidou de mim quando eu era criança. Cresci cheia de saúde e meu corpinho só soube o que era um antibiótico depois dos 16 anos.

Mas, o médico pisou na bola não dando assistência quando a Amelie realmente precisou. Assim que ela teve a primeira pneumonia, ele não me atendeu. Disse para dar paracetamol para a febre e, se ela não melhorasse, que eu procurasse um Pronto Socorro, pois ele estava com viagem marcada. (Peraí. Eu sou muito radical ou a postura correta seria ele indicar um profissional de confiança para que a Amelie pudesse ser acompanhada? )

Enfim, por indicação de um médico super amigo da família, achamos a Dra. Vera Bassan, que foi essencial para que a Amelie se recuperasse de tudo o que ela teve. Ela foi extremamente atenciosa e me alertou para o fato de que eu realmente poderia perder minha filha.

Larguei tudo. Deixei o trabalho sem pensar duas vezes e, há 3 meses me dedico integralmente à Amelie e ao tratamento indicado pela doutora.

Pois foi nessa consulta que ela me disse que os remédios que ela passou são 10% do caminho. E que a saúde dela no momento é fruto do meu cuidado, da minha atenção.

Em menos de um mês a Amelie ganhou 1,5kg e cresceu 5 cm (o que é muito para a idade dela). Seu desenvolvimento estabilizou e faz 2 meses que ela não tem nada!

Ainda temos que continuar com o tratamento, pois a ideia é reverter o quadro de bronquite crônica definitivamente. Mas depois de ouvir que eu fui essencial,  tem como eu não me sentir a melhor mãe do mundo?

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Coisas de Amelie: 1 ano e 3 meses


Tá certo. Eu tenho deixado o blog um pouco de lado. Mas é que eu tenho aproveitado muuuuito meu tempo com a Amelie e, depois que ela dorme, a única coisa que quero fazer é tomar um banho, curtir o maridão e cair na cama!

Mas tenho que dizer que estou impressionada com o desenvolvimento da pequena. É incrível como ela muda de uma semana para outra!

Vamos lá:

- No último mês, os 4 dentes da frente da pequena resolveram dar o ar da graça. Ela não teve febre ou diarreia. Na verdade, reclamou um pouco só quando os dois da frente rasgaram a gengiva. Agora, ela deixou para trás aquela boca banguela de bebê e já esboça um sorriso cheinho de dentes branquinhos!


- Ela adora escovar os dentes novos. Comprei uma escovinha cor de rosa e uma pasta de dentes especial para idade dela (sem flúor e sem corante, cujo tubinho custou a bagatela de 20 reais). Já acostumou que precisa dar um trato nos dentes depois de cada refeição.

- Tem uma vaidade de outro mundo. Sempre que pode, corre para o meu quarto e fica fazendo poses em frente ao meu espelho. Mostra a língua, faz biquinho, fica de lado. Juro que não sei com quem ela aprendeu isso!

- Gosta de ficar brincando com as minhas maquiagens. Claro que eu não deixo ela passar nada no rosto (ou em qualquer parte do corpo). Mas ela adora brincar com os pincéis, fingindo passar blush, finge passar batom. Uma mini-perua!

- Finalmente cortei a franja dela. E ainda bem que ela ainda não tem idade para ficar traumatizada com o corte de cabelo, pois a franja ficou torta! Hahahaha Bom, ainda bem que cabelo cresce!!

- Já pede para tomar banho, comer alguma coisa específica ou dormir. Até semana passada, ela não falava nenhuma palavra a não ser mãe e pai e pedia as coisas por mímica. Aí, comecei a me fazer de desentendida para que ela se esforçasse mais no quesito comunicação. E não é que adiantou? A primeira palavra nova foi Maquiagem (veja se eu posso com isso!). Ontem ela falou água e quente. Uma fofura sem fim!

Faz pose pra foto filha!

domingo, 11 de setembro de 2011

Tradução

Pois foi em um outro blog que eu vi todos os meus pensamentos tomarem forma e serem expostos de maneira coerente.


Passa lá no Peripécias de Cecília e fofices de Clarice para conferir.


Prometo que essa semana eu escrevo o post sobre coisas de Amelie que acabei deixando passar.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Loucuras da adaptação e o maior mico da blogsfera



Preciso confessar que os últimos meses não têm sido fáceis para mim. Tenho passado por um processo estranho de adaptação que me faz ter surtos verborrágicos - às vezes ininteligíveis. 


O resultado é que eu pareço uma doida, vagando pela casa assim que a Amelie tira uma soneca, sem saber por onde começar : tomo banho? lavo louça? lavo roupa? sento no sofá e tiro uma pestana também?


 Além disso, o trabalho me faz uma falta danada. Não é só por causa do dinheiro (que também ajuda), mas a convivência social com pessoas diferentes é algo mágico para mim. Ter conversas que diferem de assuntos relacionados à maternidade é algo cada vez mais raro na minha vidinha. Claro que há também aquele pensamento feminista maldito de que eu não posso depender de um homem para me sustentar. 


Enfim, o caos se instalou na minha cabeça. E para piorar, tive um momento KING KONG que, só de lembrar, me dá vergonha. Foi assim:


Fiz um frila para a Crescer de agosto (corre e compra! tem duas matérias minhas!!!). E uma das matérias pedia uma entrevistada que fosse super comprometida com ações de sustentabilidade. Acontece que nessa imensa blogsfera, há inúmeros blogs de mamães sustentáveis e escolhi uma blogueira que acho que se encaixava perfeitamente no perfil que a editora pediu. 


Pois bem. Trocamos e-mails, fiz a entrevista e fim de papo.


Aí, num dia particularmente caótico da minha vida, eu entrei no Minha Mãe que Disse (já disse que eu AMEI esse site?), vi lá um post dessa mesma pessoa (não vou falar quem é para não aumentar minha vergonha, ok? rs) e sabe quando o texto parece ter sido escrito para você, naquele momento da vida?Pois bem... Em meio a minha afobação, acabei  mandando um e-mail desabafo para ela na esperança de que ela me respondesse e dissesse palavras bonitinhas. Nem preciso dizer que ela não respondeu, né?


Para PIORAR a situação, a revista saiu e cadê o texto que eu fiz com ela? A editora não usou. hahahahahahah Jesus me chicoteia. Ela deve ter achado que eu puxei o maior papinho sem vergonha só para falar um monte de baboseira depois. Ai Deus.


Bem, essa fase já está mais afastada desse corpinho. Mas a luta é diária minhas amigas!!! rs



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Mãe-baranga


Não sei quanto a vocês, mas quando eu fiquei grávida, já no primeiro mês, quase nada do meu guarda roupa me servia. Sabiamente, dobrei tudo e coloquei as peças em grandes caixas, que ficaram escondidas até que eu achasse que a maioria das roupas voltasse a servir – não queria correr o risco de ter um surto depressivo, me achando uma baleia ambulante.

Porém, para minha surpresa, quando eu abri as caixas, nada daquilo que eu vestia na pré-maternidade me agradava. Descobri que minhas roupas eram de uma pseudo-piriguete, que queria chamar atenção, mas sem parecer muito vulgar.

Minhas roupas ou eram apertadas ou curtas demais ou decotadas demais. Colocar um vestido curto e decotado seria um matricídio para mim e, portanto, ainda são as roupas de grávida que fazem a minha cabeça. Minhas blusas largas e calças idem me deixam confortável mas, obviamente, me fazem parecer uma maltrapilha, que aceitou as roupas de uma prima muito maior.

Já comprei uma peça aqui e outra ali, mas a verdade é que a falta de grana tem me impedido (de leve) de renovar meu guarda roupa totalmente. E aí, desde que parei de trabalhar, tenho evitado olhar no espelho.

Só que hoje eu quase caí para trás. Estou o cúmulo da baranguice. Definitivamente preciso de um corte de cabelo, uma hidratação e uma boa progressiva na franja (porque mamãe me fez com um cabelo que mastiga bem na frente, saca?). Preciso ir à manicure, tirar a sobrancelha e comprar novas maquiagens.

Preciso de sutiãs powers (porque eu ainda estou usando os que comprei quando estava amamentando e isso deixa meus seios, ou o que sobrou deles, meio tristes). E tudo isso precisa ser feito para ontem, pois eu não quero me tornar uma mãe baranga. Não mesmo.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

E ela ganhou o mundo!

Já fazia algumas semanas que ela ensaiava alguns passinhos, mas a insegurança não a deixava desgrudar de meus dedos ou dos móveis da casa. 


Mas no domingo ela acordou diferente. Viu o dia bonito, se inspirou e quis ganhar o mundo. Soltou minha mão e deu 10, 15, 2o passinhos firmes até que alcançasse o destinho pretendido. A cada conquista, uma gargalhada e palmas de alegria. Ela sabia que aquele era um grande passo (com perdão do trocadilho) em seu desenvolvimento.


Eu não podia ficar mais feliz. Minha bebê está crescendo e agora entrará em uma fase muito mais interessante. Vai poder explorar cada cantinho desse mundo, com as próprias mãos, com as próprias perninhas. 


O mundo é pequeno demais para minha Amelie. 

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

E quando o bebê não quer mamar?

Como todo mundo está comentando nessa imensa blogsfera, essa é a semana mundial da amamentação. Eu estou um pouco atrasada para falar sobre isso, mas é um assunto muito bacana para deixar passar. Então, antes tarde do que nunca!!!

Por conta do problema respiratório que a Amelie teve ao nascer, eu não pude amamentá-la nos primeiros dias de sua vida. Mas assim que a médica autorizou, fiquei imensamente feliz em poder amamentar o meu bebê. Meu seio estava uma coisa linda, grande e cheio de leite. Mas a pequena era preguiçosa, não acordava para as mamadas e eu tinha que estimulá-la toda vez que dava a hora de mamar até que ela pedisse o seio por conta própria.

Eu sempre oferecia o seio quando ela queria, mesmo que isso significasse acordar 50 vezes durante a madrugada. Mas com o passar do tempo, a Amelie foi desgostando da coisa. Para piorar, duas semanas antes de a minha licença-maternidade terminar (voltei quando a Amelie completou cinco meses), meu leite sumiu. Eu estava muito ansiosa, nervosa e apreensiva em deixá-la no berçário. Liguei para o médico e fiz um tratamento para que eu voltasse a produzir leite.

Fiz questão de alugar uma máquina para bombear o leite enquanto estivesse no trabalho para que a Amelie conseguisse completar os seis meses de aleitamento exclusivo. Foi realmente uma vitória, mas ela não ganhava peso e o pediatra dela achou melhor introduzirmos outros alimentos um pouquinho antes dos seis meses.

Pronto. Foi só colocar uma frutinha na boca que meu seio perdeu toda a graça. Ela começou a recusar o seio durante o dia e só mamava antes de dormir e ao acordar. Até que um dia, quando ela tinha uns 8 meses,  colocou a boca no seio e teve uma ânsia horrorosa. Sim, teve ânsia de vômito. Jesus, meu coração ficou em pedaços, mas eu não forcei. Foi ela que resolveu parar de mamar.

Sei que a recomendação é amamentar até que o bebê complete dois anos ou mais. Mas o que a gente faz quando a criança não quer mamar?

Mesmo com o desmame meio precoce, amamentar foi uma das coisas mais prazerosas que eu já fiz e eu sinto falta de ter esse contato tão especial com minha pequena. =)

Enfim, o meu recado é: se você tem um bebê, aproveite esse período e amamente o máximo que puder. No começo pode ser difícil acertar a pegada, mas assim que o fizer, você não sentirá dor ou qualquer incômodo. Não tenha medo de colocar quase toda a parte da aréola na boca do bebê. Ele não vai engasgar. Na verdade, isso facilitará o trabalho dele e vai evitar que você sofra com rachaduras, sangramentos e infecções.

Ainda no hospital, se tiver alguma dúvida, pergunte para as enfermeiras. No meu caso, elas foram incríveis e me ensinaram a pega correta e inúmeras posições possíveis para que a Amelie conseguisse mamar. 


Em um momento descontraído



Amamentando em uma festa de casamento

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Coisas de Amelie – 1 ano e 2 meses

Ela está cheia de poses, sorrisos, expressões... Enfim, minha pequena está crescendo e suas feições já não são mais de uma bebezinha.

No último mês ela:

- Deu os primeiros passinhos sem apoio. Ela ainda continua muito insegura e às vezes, mesmo sem se desequilibrar, agacha para não correr o risco de cair. Esses dias ela ganhou da tia Érica um andador da Fisher Price que é o máximo. Não é um andador clássico, ele permite que a criança ande mesmo! Estou apaixonada por ele – e a Amelie também.

- Fala super pouco e ainda não consegue juntar duas sílabas diferentes para formar uma palavra. Quase tudo para ela é pai, inclusive eu. Bô serve para dizer que acabou algo ou quando está procurando por algo. Pau pau é piu piu – da música pintinho amarelinho. Já falou vô, Vó, Égi (seria Regi, tia do meu marido), Bu (Quando a imagem de Buda que fica acima da minha cama). Acho que por enquanto é isso.

- Está mais ativa e sociável. Na rua, fala com todo mundo, manda beijos e dá  tchauzinho. Em casa, é difícil pender a atenção dela com alguma coisa – o que tem sido um desafio e tanto. Ela se entedia facilmente com brincadeiras ou brinquedos – por mais diferentes que sejam.

- Está me dando trabalho para comer. Não forço comida, de jeito nenhum, mas ela já demonstrou que não curte algumas coisas, como batata. Já fiz de todos os jeitos possíveis e, inclusive, tentei misturá-la a uma verdura. Mas nçao adianta, se tem batata ela cospe. Também não adianta fazer uma comida suave. Ela gosta de sabores e temperos diferentes, então dou uma caprichada e incremento as coisas com alho poro, tomilho, salsinha para dar mais sabor.

- Está absolutamente apaixonada por biscoito de polvilho. Fomos para o interior esse mês para curtir as férias com o pai e durante a viagem, ela ganhou uma dessas delícias: e nunca mais largou. Se vou à padaria e ela vê um saco de polvilhos, fica apontando, pedindo. Uma coisa de louco.

- O sono está um pouco mais pesado. Ela tem dormido mais durante a noite e os cochilos durante o dia quase desapareceram.

Coisas de mãe – 1 ano e 2 meses

Nesse tempo todo, muita coisa mudou na minha vida. Nessa última semana meio que endoideci (isso, loucura com doidera!) com todas as dúvidas, medos e ansiedades que tem permeado minha vida.

Nesse tempo eu:
- Deixei de fazer as unhas toda semana, simplesmente porque não dá tempo.

- Faz 1 ano que cortei o cabelo pela última vez – e fazia isso a cada 3 meses.

- Tenho me sentido muito vulnerável desde que parei de trabalhar. Fui criada com a ideia de que eu teria que lutar para não depender de ninguém. E é muito difícil me ver em uma situação que preciso pedir dinheiro para fazer qualquer coisa.

- Me descobri uma insana por limpeza – o que me frusta às vezes, porque obviamente, não consigo fazer tudo ao mesmo tempo.

- Amadureci absurdamente. A minha visão de mundo mudou, minhas atitudes mudaram  e eu entendo muito mais minha mãe agora.

- Amo ser mãe. Amo os desafios que a maternidade me impõe e mais ainda, amo ver que minha pequena está crescendo cada dia mais saldável!!



sábado, 23 de julho de 2011

O meu não parto normal

Esse mês eu fiz uma matéria para a Crescer sobre parto eletivo. Não era uma coisa complicada, mas conforme fui apurando, fiquei tão mexida com as coisas que fui descobrindo que foi uma briga sem tamanho para que eu conseguisse escrevê-la. Para que vocês possam entender melhor, a ideia era falar sobre os perigos de agendar um parto, tanto para o bebê quanto para a mãe. 


Fato é que eu descobri que meu tão desejado parto normal poderia ter acontecido. Mas por ignorância minha, deixei que o médico fizesse essa decisão por mim. 


Ainda na minha primeira consulta, deixei claro para o meu obstetra que eu gostaria de ter um parto normal. Ele concordou prontamente e eu fiquei feliz por estar sendo acompanhada por alguém que respeitaria minha vontade. Mas as coisas não saíram como eu havia planejado.


Com 2o e poucas semanas descobri que estava com diabetes gestacional. Falei um pouco sobre os perigos da doença aqui. Com 31 semanas, ao fazer um ultrassom de rotina, fui informada que minha placenta tinha atingido o Grau III, ou seja, ela estava fraca, envelhecida e podia falhar na alimentação do meu bebê. Na hora do exame, o médico do laboratório fez questão de conversar com meu médico, que pediu que eu fosse imediatamente ao seu consultório. Ele me explicou que eu teria de fazer exames semanais para que a vitalidade da Amelie fosse monitorada e, esse fato somado à diabetes diminuiria substancialmente as possibilidades de um parto normal.


Nem sei explicar o tamanho da minha frustração e preocupação que me acompanhou durante as sete semanas subsequentes. Mas na época eu realmente fiquei agradecida por ter descoberto todas essas coisas que, teoricamente, colocavam a minha vida e a da Amelie em risco.


Nem uma dessas coisas  justificava uma cesárea marcada - minha diabetes estava controlada e, enquanto minha placenta estivesse funcionando, poderia esperar até que a pequena quisesse nascer. O médico ainda errou ao optar pela cirurgia na 37ª semana, tirando a Amelie do quentinho da minha barriga sem que ela estivesse pronta. Resultado? 1 semana na UTI neonatal, sem que eu pudesse sequer segurá-la ou amamentá-la nos primeiros 3 dias de vida.  Além disso, ela "ganhou" uma bronquite crônica - o que me deu alguns cabelos brancos, noites insones e me fez parar de trabalhar para que eu pudesse cuidar dela.


Tem um ditado que diz: "a ignorância é a mãe da felicidade". Muitas vezes concordei com esses dizeres, mas neste momento, discordo plenamente. Se eu tivesse falado com outros médicos sobre o assunto e perseguido minha vontade com mais afinco,  tenho certeza de  eu seria muito mais feliz.


Portanto, é importante procurar informação, ainda mais em um momento tão especial como este. Além disso tudo, é essencial procurar alguém que respeite verdadeiramente sua decisão. Assim, você não se sentirá tão enganada, chateada e melancólica como eu tenho me sentido nos últimos dias....





quarta-feira, 6 de julho de 2011

Coisas de Amelie: 13 meses

Passou um tempinho da comemoração dos 13 meses de vida, mas essa última semana foi mesmo corrida! A Amelie doente me deixou desnorteada como disse no último post e só agora eu consegui colocar a cabeça no lugar para pensar em alguma coisa além dos cuidados com ela. Graças a Deus minha pequena conseguiu responder bem aos antibióticos (coisa que não tinha acontecido da última vez) e ela está tinindo de tão esperta!

Bem, preciso confessar que não tenho sido uma mãe completamente em tempo integral. Estou com ela 97% do tempo, digamos. Isso porque meu espírito de jornalista não me deixou sossegar e estou fazendo uns frilas esporádicos. Inclusive, tem matéria minha na Crescer desse mês!

Bem, vamos às coisas de Amelie (que são muitas):

- Ainda não está andando. Acho que por pura insegurança, pois vem ensaiando os passinhos desde os 11 meses. Apoiada nos móveis (ou em qualquer coisa que ofereça segurança), vai longe! Não estou preocupada e nem quero apressar algo que é natural. Quando ela se sentir segura, ela soltará das coisas e vai correr por aí me deixando completamente maluca atrás dela.

- Falar alguma coisa, ela não fala. Só as palavras mais usuais como mamãe e papai são inteligíveis. De vez em quando ela solta frases inteirinhas como outro dia lançou “O sapo não lava o pé”. Nem preciso dizer que morri de rir!

- Dorme bem!!!! É só dar a hora do soninho que ela vira pro lado e capota. Raramente acorda durante a madrugada e tem adormecido no bercinho. Uma vitória!

- O segundo dente já está rasgando a gengiva, o que faz com que ela fique um tanto rabugenta, é verdade. 

- Imita tudo o que vê e às vezes surpreende a gente com algo novo. Outro dia ela estava fazendo cara como se estivesse fazendo muita força. Não sei onde ela viu isso, mas ela morria de rir quando fazia as caras e bocas (assim como eu e meu marido).

- É muito simpática. Na rua “fala” com todo mundo, faz charme, manda beijo. Uma coisa de louco. Isso me deixa um pouco preocupada, afinal, nem todo mundo é bacana e gosta de criança, não é? Mas eu não a desencorajo não. Melhor ela ser expansiva do que tímida (eu acho!!! rs)

- Ela já engordou quase 2 quilos no último mês, o que é realmente surpreendente na idade dela. Descobri que a Amelie não é uma criança muito fácil de alimentar. Ela recusa os alimentos, chora e é preciso muita calma e tempo para que ela se alimente. Não forço nada, só a distraio e ela acaba comendo bem ao final. Fico imaginando se no berçário era assim...

- Adora música, qualquer tipo. Está numa fase “Pintinho amarelinho” e Minha Princesa, tema da novela Cordel encantado. Sim, eu deixo ela assistir televisão comigo e só assistimos coisas bacanas (ela até faz “hummmm” durante os programas de culinária que tanto adoro!)

- Livros e revistas são uma atração a parte para ela. Ela tem alguns livrinhos brinquedos – de pelúcia e de banho – que adora e me chama para olharmos juntas. Mas o que ela curte mesmo é pegar meus livros da estante e  tentar arrancar todas as folhas folheá-los. Ainda não rasgou nenhum.
- Está com uma mania bem fofa de pegar qualquer paninho (meia, toca, fraldinha, babador) para limpar as coisas. Passa no chão, na cadeira... É muito engraçadinho.

Acho que é isso! Amanhã volto com um novo post!!!=)