A primeira semana de adaptação não foi de todo ruim. Claro
que da minha parte, porque já estou em um ritmo de trabalho tão intenso que, às
vezes, eu pisco e o dia já acabou. Mas acredito que para a pequena, o dia passa
se arrastando e ela não vê a hora de ir para casa.
Os primeiros dias da semana passada foram realmente bem
difíceis. Ela chorou, se agarrava em mim e não adiantou eu ficar por perto por
um tempo: isso só piorava as coisas. Depois, a gente começou a criar outras
estratégias: comecei a conversar com ela e dizer que eu entendia seu
sofrimento. Que eu sabia o quão difícil era ficar longe – porque eu também
sentia falta dela. Mas que agora ela já não era mais um bebê e que a escola faz
parte do dia a dia de quase todo mundo.
Ela entendeu, sério. Passou a chorar menos, é verdade. Mas
as estratégias mudaram. Num dia, ficou acordada até 23h30 da noite. Eu a
colocava na cama, dava boa noite, ela pegava no sono (na verdade, me enganava
lindo!) e depois ia pra sala munida do seu cobertor, travesseiro e chupeta
gritando: Acodô!!!!!!!!!
Depois, na sexta-feira, ela deu um upgrade no planejamento
estratégico do projeto: Vamos ficar em casa com a mamãe! Como ela tinha ido
dormir super tarde no dia anterior (quarta-feira), na quinta, quando eu cheguei
em casa ela já estava dormindo (e, confesso, meu coração ficou pequeno,
pequeno).
Na sexta, acordou super cedo. Coloquei ela para assistir o
atual filme favorito (Monstros S.A – ela acha que a Bu é ela, gente...) e fui
tomar um banho rapidinho.
Quando saí para me trocar, cadê meus sapatos?
Ela olhou para mim, com aquela cara blasé e disse: ADÊ?
Detalhe que os sapatos do maridão estavam lá na sapateira,
intocados.
Eles não estavam debaixo da minha cama, opção mais acessível
por ela. Fui para sala e quando fui olhar debaixo do sofá escutei lá atrás:
ACHOOOOOOOOO.
Gente, sério. Eu sentei para dar risada, dei um mega abraço
apertado nela, beijei, mordi, fiz cócegas. Enfim, tudo aquilo que a gente tem
vontade de fazer quando vê uma criança fazendo fofuras pela vida.
Saímos de casa as duas, dando risada e com a alma mais leve.
Nesse dia ela nem chorou tanto, só resmungou um pouco, mas foi com as tias.
Eu? Estou retomando a vida social aos poucos. Essa semana já
fiz minha unha (oh!), mas ainda não tive tempo de cortar o cabelo, fazer a sobrancelha
ou depilção. Aos poucos, minha gente, vou conseguindo voltar à vida normal –
aquela que você não vê a hora de chegar em casa na sexta-feira. E não é porque
é dia de tomar uma cervejinha, mas sim porque eu sei que o dia seguinte será só
meu e dela.
Zi, a Amelie é a coisa mais fofa e genial desse mundo! Como pode com tão pouco tamanho ter ideias tão grandes? hahaha
ResponderExcluirFico feliz por tudo estar dando certo!
Um beijo enorme
Ziiiiii, que garotinha mais esperta e espirituosa!!!
ResponderExcluirAdorei saber que as coisas estão se encaixando. É assim mesmo, o tempo às vezes é nosso amigo. Rs
Beijão
Não tenho experiência ainda, mas acho que ela está fazendo isso pra chamar sua atenção. Acho que é fase por conta da escolinha. Daqui a pouco passa.
ResponderExcluirBeijão