Basta eu colocar o pé em um ônibus ou metrô para que 80% das pessoas que deitam a bunda em um assento confortável peguem no sono. E não é um simples cochilo. Elas dormem profundamente e devem ter sonhos agradáveis, com borboletas, carneirinhos e criancinhas bonitinhas.
Enquanto isso, eu sofro no calor insuportável de um vagão cheio ou de um ônibus abarrotado nos horários de pico. E minha grande barriga não sensibiliza aqueles que resolveram ficar acordados. “Nossa! Como essa menina está gorda”, elas devem pensar.
Gorda não. Eu estou grávida, com uma criança que pesa mais de meio quilo e que aperta cada dia mais todos os meus órgãos internos.
Vocês não podem imaginar os absurdos que eu já ouvi. “Eu tenho culpa que você está grávida?”. Ou então: “Seu direito é sentar no banco azul. Tira a velhinha dali se você precisa tanto sentar”. E é essa a educação do povo paulistano.
Certa vez eu apanhei de uma grávida. Não porque eu me recusei a levantar quando a vi, eu simplesmente estava absorta lendo o último livro da saga Harry Potter (sim, eu ADORO!) e não a vi chegar. Tomei um tabefe na cabeça e ouvi: “Eu tenho que estar de 13 meses pra você me dar o lugar?”. Ela estava enorme. Eu levantei, claro, mas ainda zonza pela quebra de realidades que acabava de sofrer. Confesso que, na época, fiquei revoltada com tamanha agressividade. Mas vejo que, em um futuro próximo, eu possa me revoltar e fazer a mesma coisa.
Por enquanto, eu me conformo em ser o remédio para todos aqueles que não tiveram uma boa noite de sono. Mas rezo para que o fulano sentado ao lado dos insones seja flatulento ou tenha passado dois dias sem tomar banho, quebrando pedras em uma obra qualquer da cidade.
PS: A pedidos, uma foto bem recente do barrigão! rs
Linda!!!!! Aaaah que saudade, amiga!! Amo, amo, amooo!!! Beijoo!
ResponderExcluirÉ duro! Mas, às vezes, temos que fazer o nosso direito na marra. bjo
ResponderExcluirPaloma e Isa
Eita! Que pancinha linda!
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